quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Café Correia - Vila do Bispo



Não esta foto, podem crer, não tem nada que ver com o Correia.
É apenas apenas uma foto de um exercicio pessoal no Natal de 2007.
Razão?
Recuso-me publicar aqui - além da ode abaixo - o que quer que seja sobre tal local....



Ode ao Correia

Há sítios onde um viajante
Por mais fama do lugar
Por mais faminto que esteja
Nunca deve penetrar
Nem sequer vir a tentar
Trincar o que quer que seja

O Correia é um daqueles
Que tem aura de famoso
facto que eu, sinceramente,
acho muito duvidoso!
por isso dou-lhe um conselho:
Evite o maldito tacho,
Palavrinha de Barroso!

Você entra e ninguém
Parece vê-lo ou notá-lo
No primeiro quarto de hora.
Como se fosse invisível.
Nem menu, nem simpatia.
Impressionante demora!

Queria esplanada? … Não há!
Sentar-se ao pé da janela?
Nem mesa pode escolher!
Vá para o raio que o parta!
Ou talvez para o Castelejo…
Ali é como ele disser!

Depois de muito implorar
e ser bastante humilhado,
o Correia lá lhe traz
o menu tão desejado...
E peça, mas vai ouvir:
- Mas isso que você quer
tem que ser confeccionado…


Quer ele dizer com isto
que escusa de estar com pressa.
- Só vai ao lume na altura!...
Tem o apuro… a fervura…!

(que é como quem diz: uma hora
até chegar a travessa!)

E o pobre do cliente
já verde, desesperado,
aguado, cego de fome
espera o tempo que ele quiser
e come do que ele mandar.
(Para cúmulo, desculpem:
o coelho vinha insonso
e as batatas a nadar!...)

Como pode tanta fama
dar em tão pouco proveito?
Assim se faz um bom nome
que na pratica vivida
não faz jus, nem tem preceito!
Tanta imprensa, tão falado…
e afinal tão sem jeito!

Na velha Vila do Bispo
Procure o Álvaro, ou outro;
Vá ao Solar do Percebe,
ao Careca, ao Mexilhão!...
ao professor, Papo Cheio,
até à Eira de Mel...

Todos são melhor partido
que o Correia convencido
antipático e vulgar
mal disposto, grosseirão!

Chiça! … Que nunca mais,
Nunca mais hei-de voltar!

Isso vos digo – ali, NÃO!